Bolsonaro tentou tirar 'close' e outros termos LGBT de comerciais

Determinação foi feita após comercial do Banco do Brasil com trans. Lei, entretanto, não permite tal ingerência

Publicado em 27/04/2019
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Guerra de Bolsonaro contra linguajar LGBT vem do Enem, antes mesmo de ele tomar posse (Foto: José Cruz/Ag. Brasil)

A guerra contra ideias pró-diversidade empreendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) teve novo capítulo. E aí contra termos usados pela comunidade LGBT. 

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O ex-capitão determinou que nenhuma campanha de empresas públicas federais usasse expressões do universo arco-íris. A informação é da revista Veja, que citou "lacre" como exemplo de palavra a ser eliminada.

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O veto surgiu na esteira da decisão de exigir que todas as propagandas feitas por aquelas corporações fossem submetidas à Presidência da República, que poderia aprová-las ou não.

A norma foi motivada por comercial de TV do Banco do Brasil em que foram usados termos típicos de jovens e eram mostradas muitas pessoas negras e uma trans. 

Entretanto, Bolsonaro vai ficar na vontade. Horas depois de circular enviada para as empresas com a nova regra, a Presidência da República admitiu em nota que a legislação não permite tal nível de interferência do chefe do Poder Executivo nas companhias, que são autônomas e pertencem, em muitos casos, também a acionistas privados. 

A jornada do presidente contra o linguajar LGBT tem história. Poucos dias após ser eleito e antes de tomar posse, Bolsonaro criticou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por ter tido questão sobre o pajubá, conjunto de termos utilizados por pessoas trans e gays. 


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