Homens são condenados a 80 chibatadas por se beijarem no banheiro

Região da Indonésia é governada pela lei muçulmana da Sharia

Publicado em 24/08/2025
Gays são condenados a chibatadas na Indonésia
Réus indo ao julgamento em Aceh. Foto: AP

Dois homens foram condenados a receber 80 chibatadas cada um após serem descobertos juntos em um banheiro público na Indonésia.

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Os réus, que na verdade são as vítimas, de 20 e 21 anos, foram denunciados por pessoas que estavam no parque municipal de Taman Sari após os verem entrando no mesmo toalete, em abril.

A polícia que fazia ronda no local invadiu o local e os viu se beijando e se abraçando, o que foi considerado um ato sexual.

Os rapazes foram presos imediatamente e a sentença foi dada no último dia 11 pelo Tribunal Distrital da Sharia Islâmica, na província de Aceh.

O juiz Rokmadi M. Hum afirmouu que foi provada de forma "legal e convincente" que os estudantes universitários violaram a lei islâmica ao cometerem atos que conduziram que a relações sexuais homossexuais.

O pedido de 85 chibatadas feito pelos promotores foi reduzido para 80 já que os três juízes do caso consideraram que os rapazes eram "excepcionais", 'educados no tribunal", que colaboraram com as autoridades e que não tinham condenações anteriores.

Como eles já estavam presos há quatro meses, cada mês foi usado para diminuir uma chibatada. 

A lei permite que acusados por delitos morais sejam condenados a 100 chibatadas. Além de homossexualidade, os cidadãos também podem ser punidos por consumo de álcool, adultério, jogo, roupas justas (em mulheres) e falta nas orações de sexta-feira (para os homens).

A chibata tem cerca de 1,3 cm de largura e 1,22 m de comprimento e é deixada de molho durante a noite para evitar que se quebre no momento da punição.

Os condenados são despidos, amarrados a uma estrutura de madeira e curvados em ângulo de 90 graus com as nádegas expostas para receberem os golpes, dados a cada 30 segundos.

Os golpes rompem a pele e danificam os músculos, podendo causar cicatrizes permanentes. Um médico acompanha a execução da pena para garantir que a pessoa não desmaie. 

Após a aplicação das chibatadas, as vítimas recebem loção antisséptica, analgésicos e antibióticos. É comum que elas não consigam se sentar ou deitar de costas por uma semana ou mais devido à dor persistente.


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