Reino Unido oferecerá vacina a gays e bi contra varíola dos macacos

Casos na Europa se concentram nesta parcela da população

Publicado em 22/06/2022
Vacina contra varíola dos macacos para gays e bissexuais
Vacina pode prevenir contágio em até 85% dos casos, dizem estudos

A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla original) vai oferecer vacina contra a varíola dos macacos para homens gays e bissexuais.

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Dos 2.103 casos diagnosticados da doença, o Reino Unido concentra 524 (cerca de 25%).

Segundo a CNN Portugal, ainda que a agência de saúde saiba que qualquer pessoa possa ser infectada, no momento, há mais risco de transmissão "entre, mas não exclusivamente, a comunidade gay, bissexual e outros homens que têm sexo com homens".

O órgão regulador afirma que os casos entre gays e bissexuais têm sido localizados na região de Londres.

O imunizante pode ser indicado não a qualquer homossexual, mas àqueles que tenham "múltiplos parceiros, participem em atos de sexo em grupo ou frequentem locais de sexo".

Estudos divulgados anteriormente falam de eficácia de 85% da vacina contra a doença.

A varíola dos macacos (ou "monkeypox", como é conhecida em inglês) têm esse nome porque foi identificada pela primeira vez em macacos, mas estes animais não são os transmissores. Na África, onde a doença esteve concentrada nas últimas décadas, pessoas são contaminadas por meio de contato com roedores.

Na Europa, América do Norte e Austrália, no entanto, os recentes contágios têm sido por meio de contato sexual. O vírus pode ser passado por meio de gotículas de saliva, sêmen, por contato com a pele infectada ou até mesmo pelas roupas.

A varíola dos macacos pode causar febre, aumento dos gânglios, dores na cabeça e nas costas, diminuição da força física e erupção cutânea em todo o corpo por duas a quatro semanas.

Segundo os médicos, a variante que tem infectado as pessoas no Ocidente é menos mortal do que a encontrada na África, que mata, em geral, 10% dos contaminados. Apenas uma morte foi relatada.

Na terça-feira 21, o Ministério da Saúde confirmou o nono caso no Brasil - cinco em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul. O nono caso foi de um homem que está em São Paulo e mora em Nova York, Estados Unidos. 

O caso anterior, o oitavo, foi de um homem que teve contato com estrangeiros, no Rio. Em sua maioria, as demais infecções foram detectadas em homens que retornaram da Europa recentemente. Há outros nove casos suspeitos no País.

O primeiro paciente brasileiro diagnosticado, Anderson Ribeiro, de 41 anos, de São Paulo, recebeu alta na segunda-feira 20, após 14 dias de isolamento. Ele contraiu a doença na Espanha ou Portugal, por onde passou em maio.

O período de incubação da doença é de seis a 13 dias, mas pode chegar a 21 dias.


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