Facundo Guerra diz se incomodar com questões sobre sua sexualidade

Empresário é dono de vários endereços LGBT em São Paulo

Publicado em 15/01/2019
Facundo Guerra fala da fama de ser gay
Argentino radicado em São Paulo, Facundo transforma espaços degradados da cidade

Atualizado às 17h15 

Criador de alguns dos endereços LGBT mais festejados desta década, Facundo Guerra contou que se incomoda quando especulam sobre sua sexualidade.

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Argentino radicado em São Paulo há décadas, Facundo é casado com a apresentadora Vanessa Rozan e pai de uma menina, Pina, de seis anos. Mesmo assim, ele continua sendo questionado sobre sua orientação sexual. "E isso me incomoda, muito", disse à Folha de S.Paulo.

"Sempre fui um moleque sensível, portanto, bicha. Essa pecha me acompanhou toda a vida. Buscando me entender, percebi que ser assim é uma questão identitária, de comportamento, que você pode não transar com homens e ser bicha."

Ao nosso perfil no Twitter, o empresário foi mais enfático: "O que me incomoda em pleno 2019 não é sobre ser eu gay ou não, que isso pouco pode importar a alguém. O que me importa é perguntar sobre a minha sexualidade. Prefiro que pensem que sou gay a hétero."

 

Facundo, de 45 anos, foi o responsável por transformar o perfil da Rua Augusta, na região central. Antes ocupada por dezenas de cabarés e casas de striptease, a via virou o centro de baladas mais famoso do País após o sucesso do Vegas (2005-2012).

O argentino também foi idealizador e sócio de casas com público LGBT que já fecharam, como Volt e PanAm, e outras que continuam abertas, como Yacht e Lions, e a casa de shows Cine Joia.

A principal característica de seus empreendimentos é a de ocupar regiões degradadas da cidade. Seu novo estabelecimente, recém-aberto, é o Bar dos Arcos, empreendimento que custou R$ 2,5 milhões e fica no subsolo do Theatro Municipal.

Ainda este ano, Facundo inaugura uma filial do clube de jazz nova-iorquino Blue Note, no terraço do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, e uma balada para gamers, o Arcade, no extinto Cine Ipiranga. Para 2019, há previsão de abrir um clube de striptease chamado Carrossel, voltado a homens e mulheres, sem a pecha 'sexista' desses lugares.

"Olha, de verdade, juro pela minha filha olhando nos seus olhos, nunca fiz por dinheiro. Minha missão é encontrar uma identidade para essa cidade. Pode parecer mentira, mas não é", explica.


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