Casal é preso após pagar hotéis 5 estrelas com cartões clonados

Diretor de cinema Aaron Salles Torres e Jhony de Souza Oliveira são investigados por estelionato

Publicado em 11/12/2020
Aaron Salles Fernandes e Jhony de Souza Oliveira: casal gay é preso por estelionato em hotel do Rio
Aaron Salles e Jhony de Souza. Foto: Reprodução

Um casal gay foi preso no Rio de Janeiro sob acusações de estelionato e organização criminosa.

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Jhony de Souza Oliveira, de 35 anos, e Aaron Salles Fernandes Silva Torres, 37, teriam passado réveillon em um hotel de Copacabana, zona sul do Rio.

Segundo as investigações, os dois teriam prorrogado a estadia até 12 de janeiro. Com diárias a cerca de R$ 1.500, o hotel foi pago por eles com cartões clonados.

Meses depois, o estabelecimento foi notificado da fraude e a comunicou a delegacia.

Na semana passada, o casal voltou a fazer reservas para um hotel da rede, mas desta vez em Santa Tereza, zona central da cidade.

Ao efetuar o check-in, no valor de aproxidamente R$ 6 mil, o casal foi preso em flagrante.

Os policiais constataram que Jhony e Aaron montavam cartões digitais com dados de terceiros e pagavam as tarifas pela internet.

A delegada Natacha Oliveira, da 13ª DP (Ipanema), responsável pelo inquérito, afirmou que em depoimento os dois negaram que tenham praticado os golpes.

Outros membros da quadrilha continuam sendo investigados, segundo a Época.

Diretor e roteirista
Aaron já escreveu roteiros para a série Vai que Cola. Em 2017, ele dirigiu o longa Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás Tua Mãe, com Fernando Alves Pinto e Catarina Abdalla.

O filme fala sobre um gay enrustido que sofre de esquizofrenia e tem uma mãe homofóbica. Porteiro de um prédio, ele é obcecado por um dos moradores.

Seu segundo longa, Eu Ponho um Feitiço em Você (2019), tem os mesmos dois atores no elenco, além de outros nomes, como Claudia Ohana e Maria Maya.

Formado em Cinema pelo School of the Art Institute of Chicago, dos Estados Unidos, onde morou dos 19 aos 29 anos, Aaron contou, na ocasião do lançamento de seu filme de estreia, que quando voltou a morar no Brasil teve medo da homofobia.

Ele ouvia de diretores e produtores constantes comentários do tipo "aquele veadinho fez isso", "aquela bicha louca fez aquilo". A sua paixão por fotografia, o fez se apaixonar pelo Instagram e sair do armário novamente.

Sobre suas inspirações, ele diz que o primeiro longa veio de caso real. "Histórias reais me inspiram. Digeri-las, registrá-las e recontá-las ao grande público é o que me move, passando adiante a mensagem e a reflexão que essas narrativas trazem", afirmou.


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