Monólogo fala de contradições e singularidades do homem homossexual e é continuidade da pesquisa do Coletivo Bixa Pare que investiga o "corpo bixa".
A dramaturgia, assinada colaborativamente pelo grupo, traz tanto situações ficcionais quanto histórias pessoais dos integrantes. Gays de direita, homens casados que traem suas parceiras com outros homens, exaltação do transformismo enquanto expressão artistica e um reconhecimento do próprio "corpo bixa" são algumas das situações pautadas na peça.
"Cada cena é um universo distinto do que nos afeta, nos oprime e nos abriga. São situações que nos fazem questionar nossa atuação política e artística entre tantos outros lugares percorridos até aqui. Não existe uma unidade, existe um todo de subjetividades expostas", diz Luan Afonso, que está sozinho em cena.
O diretor do espetáculo, Flopes, ressalta que a produção também apresenta cenas que se aproximam da linguagem de manifesto e uma sequência percorrida apenas por áudio, sem o corpo de Luan presente.
"Em um momento, também apontamos para um corpo do futuro, para um lugar que traga melhores possibilidades de vida para a população LGBT+", diz o diretor.
Texto: Coletivo Bixa Pare. Direção: Flopes. Com Luan Afonso. Cenografia e figurino: Kaya Fernanda Vallim. Desenho de luz: Felipe Tchaça. Trilha sonora original: DJ Mozzão e Luana Hansen. Fotos: Castello. Paisagem sonora: Coletivo Bixa Pare. Produção: Diego Castro.
Sessóes dos dias 6 e 13 contam com tradução em libras e roda de conversa após o espetáculo.