O teatro é uma das artes contempladas no 33º Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade, que é realizado em São Paulo entre 12 e 23 de novembro.
Braço teatral do evento, o Dramática contará com oito espetáculos que abordam a temática LGBT e apresentados em dois espaços da região central.
Ao todo, o Mix conta com música, literatura, exposições, o tradicional Show do Gongo e exibição de 142 curtas e longas-metragens de 33 países e tem como tema desta edição "A Gente Quer +".
Veja a programação do Dramática - todas as peças têm entrada gratuita e os ingressos são distribuídos no local com 1 hora de antecedência:

Aqui, Agora, Todo Mundo
Espetáculo é um mergulho na mente de um homem gay em reconstrução emocional. Fala-se sobre depressão, amor, delírios, música, festa e a coragem de permanecer vivo.
Baseado no livro Aqui, Agora, Todo Mundo, de Alexandre Mortágua, produção é um solo de Felipe Barros, com dramaturgia em parceria com Heitor Garcia, que também assina a direção ao som pulsante de Jaloo.
Sexta, 14/11, 19h
Teatro Sérgio Cardoso — Sala Paschoal Carlos Magno (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista)

Fumaça
Espetáculo é um thriller gay contemporâneo que combina humor ácido e crítica social. Alex recebe uma mensagem misteriosa do namorado que morreu e mergulha em uma investigação vertiginosa em busca da verdade. O que começa como um enigma virtual logo se transforma numa jornada sobre luto, memória, amor e a fronteira entre presença e ausência. Classificação: 14 anos.
Sábado, 15/11, 18h30
Teatro Sérgio Cardoso — Sala Paschoal Carlos Magno (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista)

Long Play - Ótima Forma
O projeto Long Play — Ótima Forma, em São Paulo, integra a Temporada França-Brasil, em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial do Caps Bom Retiro (especializado em dependência química) e o Festival MixBrasil. Concebido como um filme em andamento, explora a sobrevivência como ato de resistência, colocando o corpo e a escuta de si no centro da experiência.
Por meio de um conjunto de práticas físicas e proprioceptivas, o projeto busca reconectar os participantes com suas emoções e sensações, a fim de combater a erosão interna frequentemente agravada pelo estigma social. Essa bordagem une saúde mental, ecologia e novas tecnologias, transformando a noção de sobrevivência em um espaço de cuidado, resiliência e renovação. Classificação:14 anos
Domingo, 16/11, 18h30
Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista)

Puppet Hospital
A obra transforma o formato tradicional de conferência em um território híbrido, entre fala, corpo e tecnologia. Inspirada nas tensões entre identidade, perda e reconstrução, a performance reflete sobre a resiliência coletiva, diante de um mundo marcado por guerras e reconstruções. A dramaturgia se estrutura em torno dos “fios de controle”, metáfora visual e simbólica que conecta o performer à sua prótese e ao público.
Uma interface multimídia baseada em inteligência artificial, desenvolvida por Gustavo Sol, capta as ativações musculares da perna residual de Brennan, traduzindo-as em paisagens sonoras eletrônicas criadas por Miguel Noya. Entre conexões corporais, sons e imagens, emergem três movimentos — Conexão, Tensão e Liberação e Reconfiguração — que entrelaçam corpo e máquina como gesto de reconstrução e resistência.
Terça, 18/11, 20h
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, República)

(Des)conhecidos [Primeiros estudos]
Quais são os caminhos da narrativa em um tempo marcado pela velocidade da informação e pela multiplicidade de vozes? Nesta peça, Fabrício Licursi investiga como a escrita de hoje se apresenta de forma híbrida, fragmentada e em diálogo com múltiplas formas de expressão.
A conversa convida o público a refletir sobre a literatura como um espaço vivo, que se reinventa constantemente e cria novas formas de presença estética, política e sensível no mundo. Classificação: 14 anos
Quarta, 19/11, 20h
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, República)

Bigorna
Um salto pelas memórias de infância e adolescência pode ganhar ares de filme de terror. O encontro entre os estranhos de uma mesma família revela que o aparente espelhamento é um chamado a econtar a própria história – aquela que se conecta à de tantas pessoas LGBT. Misturando suspense e humor, Bigorna é a autoficção de um viado gordo nascido em uma sexta-feira 13, de lua cheia. Classificação: 14 anos
Sexta, 21/11, 19h
Sábado, 22/11, 16h
Domingo, 23/11, 15h
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, República)

Irremediáveis
Essa peça é um espiral, essa peça se repete há décadas, essa peça se repete há séculos, essa peça se repete desde 1613. Um indígena que vive livremente, um adolescente que experimenta o primeiro amor, uma criança que vivencia a dor da exclusão, um adulto que descobre a liberdade, um escritor tolhido da sua verdade.
As pequenas e grandes violências vividas por pessoas LGBT desde a chegada daquela gente estranha de roupas quentíssimas e língua enrolada. O trabalho faz um paralelo da história do Brasil sob a perspectiva da representação do gay: traumas coletivos que eu/eles carregamos em nossos inconscientes e que ainda são tão fundantes na construção de nossas individualidades. Até quando? Classificação: 14 anos.
Sexta, 21/11, 20h
Sábado, 22/11, 17h
Domingo, 23/11, 16h
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, República)

Segredos Privados para uma Vida Sexual Pública
Um homem encontra seus fantasmas dentro de um banheiro e revela segredos de sua vida afetiva. Ele mergulha deeper and deeper em uma fantasia narcísica, expondo violências heteronormativas que insiste em mimetizar. O trabalho é uma pertubadora viagem site-specific que transita entre o realismo dramático e o nonsense. Classificação: 18 anos.
Sexta, 21/11, 19h e 20h
Sábado, 22/11, 16h e 17h
Domingo, 23/11, 15h e 16h
Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, República)