A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará a fabricar integralmente um medicamento antirretroviral.
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A partir de agosto, toda a produção do Duplivir será com recursos públicos e baraterará em 10% os custos com o remédio no País.
Até o momento, o Duplivir era fabricado em uma parceria entre a Fiocruz e laboratórios privados. Ele é comprado pelo Ministério da Saúde e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nos últimos cinco anos, foram produzidos 368 milhões de unidades do medicamento. Entre janeiro e abril deste ano, a Fiocruz já produziu, sozinha, 30 milhões de unidades. A expectativa é que até o fim de 2019 sejam produzidas 75 milhões de unidades.
"Esse projeto faz parte de uma política do Ministério da Saúde que chama Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), onde (sic) um laboratório privado transfere essa tecnologia de produção para um laboratório público", explicou Alessandra Esteves, coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos, da Fiocruz, ao G1.
O Duplivir é um comprimido que reúne duas drogas: fumarato de tenofovir desoproxila e lamivudina, que são dois dos antirretrovirais mais usados no controle do vírus HIV.
Além de economizar fabricando totalmente o medicamento, a Fiocruz ajudará a estimular a indústria nacional, gerando empregos e renda.
A produção completa ainda aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deve ocorrer em breve.