Privacy erra e cria armadilha da qual você não consegue fugir

Falta de informação completa nos perfis dos criadores pode fazer assinante se sentir lesado

Publicado em 21/03/2024
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Mostrador com quantidade de fotos e vídeos pode ser mais informativo. Basta a plataforma querer

A revolução da indústria pornô atual, as plataformas de conteúdo, tem um forte nome no Brasil: a Privacy. Sim, há vantagens, tais como o site em português e a possibilidade de pagar a assinatura via pix. Porém há armadilha! 

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Ao ver o perfil do produtor de conteúdo, o site mostra dados importante,s tais como número de posts, de fotos e de vídeos. Essas informações são necessárias para ver se compensa fazer assinatura e se o valor cobrado está justo. 

Entretanto, essas métricas podem enganar. A sua masturbação pode virar frustração. 

Nada de errado quanto ao número de posts. Até porque uma mesma postagem pode ter mais de uma mídia - várias fotos ou vídeos, por exemplo. 

Os problemas residem nas imagens em si. É errado você pensar que terá acesso a toda quantidade de mídias que está publicada no perfil. Isso pode não ser possível. 

A razão é simples: o produtor tem a opção de cobrar para dar acesso a determinados conteúdos. Ele está errado? Não mesmo. Entretanto, a plataforma deveria informar ao potencial assinante quantas das fotografias e vídeos são pagas e quantas são inclusas na assinatura. 

Aliás, é por isso que, muitas vezes, você pode desconfiar de alguns produtores com preços de assinatura muito baixos. Com essa isca, você pode achar vantajoso pagar porque vai poder conferir tudo o que é contabilizado no perfil e, ao chegar lá, descobrir que significativa parte será cobrada por fora. 

E mesmo perfis com valor alto podem fazer isso! E o erro é de quem? Da plataforma, que não tem sistema de informação que deixe isso claro. 

Outro senão vem dos vídeos apenas e diz respeito à duração. No perfil, está lá bem lustroso um número significativo de gravações. Você pensa que será material para o prazer solitário por horas! 

A realidade é que fica dura: espertamente, muitos produtores partem os registros em vários cortes de segundos para inflar o mostrador! 

Os 50 vídeos podem ser cada um menor que um post do TikTok! Uma grande quantidade que, ao final, não daria três de média de duração. 

Como a plataforma poderia proteger o futuro assinante? Mostrar a quantidade de minutos totais dos vídeos postados.

Algo bem simples de ser feito: basta exigir que o produtor, ao postar um vídeo, marque a duração dele sob pena de multa, por exemplo, se ao a equipe da plataforma que fizer checagem vir discrepância entre o tempo marcado e o de exibição. 

E fique ciente: não há reembolso. A sensação de ter sido enganado será sua companheira! 

O site é claro a esse respeito no contrato de venda.

"Devido à natureza dos infoprodutos disponibilizados em nossa rede, não é possível solicitar reembolso após a confirmação da transação e pagamento. Portanto, é importante que o assinante esteja ciente da política de não reembolso antes de realizar qualquer transação dentro do site."

A assessoria de imprensa do Privacy foi procurada, mas não respondeu ao nosso contato. 

 

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