Universo LGBT é tema da exposição 'Sempre Gay' que abre em SP

Mostra na Transarte Brazil fica em cartaz até 14 de dezembro

Publicado em 23/10/2019
Sempre Gay: exposição tem obras do artista Eduardo Mafea
Obra de Eduardo Mafea integra a exposição

A partir desta quinta-feira 24, a galeria Transarte Brazil apresenta trabalhos de quatro artistas que dialogam com a temática LGBT.

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Em Sempre Gay, a galeria abre espaço para obras inéditas de artistas de quatro Estados - Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Ceará.

Autora de Criança Viada(lançada no Edital Transarte LGBTQ em 2015 e censurada na exposição do Santander Cultural, em Porto Alegre, em 2018), Bia Leite criou para a mostra a série Naoparanao.

O conjunto de três pinturas figurativas 70x70cm, com referências ao universo pop tem títulos homenageiam Pablo Vittar. As narrativas são ativadas a partir do diálogo das imagens com o texto, que vem das composições do álbum de Pabllo.

Nascida em Fortaleza, em 1990, Bia é bacharel em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (UnB), e seus temas abordados são a violência, o cotidiano, e o afeto da família LGBT.

Eduardo Mafea estreia na Transarte com imagens que sugerem uma narrativa sobre intersecções entre futebol e a vivência do homem gay. Segundo Mafea, "quando nascemos já somos empurrados ao futebol culturalmente, e o esporte, paixão nacional e símbolo de masculinidade tóxica, se faz um instrumento de violência contra corpos e sexualidades que destoam da heteronormatividade".

Liz Under: obras da artista são exibidas na mostra Sempre Gay, na galeria Transarte
Exposição pode ser vista na Vila Madalena até dezembro. Foto: obra de Liz Under

Multiartista autodidata, Liz Under produz o que chama de "arte-vadia". Com narrativa um tanto biográfica, a artista povo sua obra de musas rebeladas, "cansadas dos emparedamentos em museus e do estereótipo construído para deleite do imaginário masculino", segundo ela. Para a exposição, Liz apresenta um carvão, duas litogravuras e 3 fotografias.

Por fim, o fotógrafo e jornalista Pedro Stephan é fotógrafo e jornalista traz Lâmpadas de Mercúrio, poema visual homoerótico sobre a pegação gay no Parque do Flamengo, no Rio.

"Sou eu que estou em todas as fotos, o ensaio é sobre tudo o que eu vivi e fui nos anos 80 ali naquele lugar", revela Stephan. O ensaio fotográfico é uma homenagem ao Rio noturno em um Brasil que vivia na expectativa de vir a ser um local de liberdade. O fotógrafo garante que todas as imagens são estreladas por amigos dele, e se responsabiliza por elas.

A exposição fica em cartaz de quinta a sábado até 14 de dezembro. Mais informações você tem em nossa Agenda clicando aqui.


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