SP está sem coordenador LGBT. Movimento exige solução imediata

Nome de titular é disputado entre movimento social, gestão e partido

Publicado em 02/08/2018
São Paulo está sem coordenador LGBT
Saída e entrada de coordenador do órgão não foram oficializadas

Há cerca de um mês a Prefeitura de São Paulo está sem comando oficial na Coordenadoria de Políticas para LGBTI.

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Ivan Batista, que assumiu no início da gestão de João Doria, em 2017, foi afastado. Um novo nome, Marcos Freitas, passou a dar expediente na coordenadoria.

Entretanto nada disso é oficial. Ivan não foi exonerado e continua na folha de pagamento. E Marcos sequer possui crachá para entrar no prédio já que sua nomeação não foi publicada no Diário Oficial do Município.

Fontes contaram ao Guia Gay São Paulo que o Diversidade Tucana - grupo LGBT dentro do PSDB - pressiona a prefeitura para que Ivan retorne (ou continue, afinal, ele nunca saiu oficialmente). 

À nossa reportagem, o grupo negou essa atuação. "Enquanto segmento do partido não compete a nós este tipo de articulação. A decisão é do prefeito Bruno Covas."

Enquanto isso, várias associações e militantes se uniram e publicaram manifesto no qual pedem que Marcos Freitas seja oficializado como coordenador e dizem que foram ignorados pelo prefeito.

No manifesto, o grupo cita "machismo" já que a escolha de Freitas foi feita pela secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Eloísa Arruda, e esta teria sido "atropelada em detrimento de um grupo minoritário e sem representatividade no movimento social". Eles não especificam de que grupo se trata.

"Somos contrários ao retorno do antigo coordenador por acreditarmos que é primordial que os diálogos entre a Coordenação e a sociedade civil sejam constantes."

"Infelizmente, nos dois anos anteriores, essa comunicação foi prejudicada em diversos momentos em razão da ingerência por parte do órgão público municipal durante processos de construção coletiva que caberiam à sociedade civil definir e não à Coordenadoria."

O manifesto ressalta que Freitas é um nome que não atua apenas nas esferas partidárias e que já passou pelo Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT e construiu uma militância "suprapartidária em diversos espaços coletivos do movimento LGBT".

Dentre os que assinam a carta estão a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), Associação Mães pela Diversidade, Família Stronger, Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADVS), Grupo Pela Vidda São Paulo, Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) e a drag queen e ativista Salete Campari.

Procurada pelo Guia Gay São Paulo, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania não se manifestou.


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