LGBTQIAP+... Parada da Argentina abole sigla por ela não ter fim

Argumento é que a cada dia surgem novas identidades. Evento é o mais antigo do gênero na América do Sul

Publicado em 04/11/2019
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Por anos, evento usou a sigla LGBTQI, mas decidiu não tentar acompanhar novas identidades

Por Welton Trindade, de Buenos Aires

A mais antiga parada do orgulho da América do Sul teve mudança no nome para a edição de 2019, realizada no sábado 2 de novembro. 

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E a razão é a tão comentada sigla do movimento arco-íris, a qual tem sofrido mudanças ao longo do tempo e em vários lugares do mundo sem que se chegue a um consenso. Dentre as versões vistas está a brasileira LGBT, a mais adotada internacionalmente LGBTI e outras tais como LGBTQIAP+.

Quem caminhou pela ruas de Buenos Aires no evento feito pelo ativismo portenho em 2018 participou da Parada do Orgulho LGBTQI. Entretanto, quem participou da marcha este ano foi a um encontro com nome distinto: Parada do Orgulho da Argentina. 

Sim, a sigla deixou de fazer parte do nome oficial da atividade, que por muitos anos ostentou LGBTQI. 

A razão foi a tentativa sem fim de representar as múltiplas identidades por meio das letras, explicou uma das ativistas organizadoras do ato deste ano.

Por mais que procurassem estender a sigla, não davam conta de contemplar a todas as pessoas, disse Mariana Spagnuolo ao site noticioso Página 12. 

"Tiramos as letras porque elas deixaram de ser representativas. A cada dia começam a sugir novas identidades que quebram com as normas da sexualidade."


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