Lésbica é impedida de ser madrinha de criança por 'não ter vida digna'

Mulher de 26 anos cumpre todos requisitos para participar do batismo religioso, mas não adiantou

Publicado em 25/04/2021
batismo lésbica
Relatos dão conta de que não é a primeira vez que esse tipo de veto é feito. Foto: Depositphotos

Uma mulher de 26 anos foi proibida de ser madrinha de sua sobrinha por ser lésbica.

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A jovem, identificada pelas iniciais R.I.R., recebeu a notícia quando ela e a família acertavam detalhes para o batizado programado para 29 de abril.

A paróquia fica em povoado em La Vilavella na província de Castelló, no leste da Espanha.

R.I.R. está dentro de todas as condições exigidas para a função religiosa: é batizada, crismada, maior de 16 anos e comunga regularmente.

No entanto, foi dito à moça, que teme se identificar e ter problemas no trabalho, que ela estava vetada por "não levar estilo de vida digno".

"O mais triste é a mensagem que passam aos pequenos. A minha sobrinha, de alguma forma, sabe que não vou ser madrinha dela e assim a paróquia está insinuando que orientação sexual é uma coisa má, quando não o é", disse a moça ao jornal El Mundo.

"O que acontece é que se sabe que minha companheira é uma mulher. Eu nem mesmo moro com ela", lamenta R.I.R. que já foi até voluntária em ações sociais da igreja.

"Já me disseram que não sou a primeira a ver algo assim acontecer. Outras duas pessoas também foram proibidas por causa da condição sexual naquele vilarejo."

A irmã de R.I.R., mãe da menina a ser batizada, procurou outra madrinha. A família, no entanto, encomendou 40 bandeiras arco-íris para espalhar em varandas da cidade, já que muitos dos moradores também ficaram indignados com a discriminação.


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