Glenn Greenwald revela ter sido feito refém por 5 bandidos em março

Episódio ocorreu em em fazendo a 90 minutos do Rio de Janeiro que jornalista alugou para a família

Publicado em 06/04/2021
gleen greenwald assalto gay
Gleen decidiu relatar o ocorrido por conta de situação similar ocorrida com outra família

Glenn Greenwald revelou que há um mês foi feito refém dentro de fazenda que a família alugou durante a pandemia (veja abaixo).

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Em seu site, o jornalista norte-americano, que é casado com o deputado federal David Miranda (Psol-RJ), contou que o episódio de violência ocorreu em 5 de março em localidade que fica a cerca de 90 minutos da capital fluminense.

Era véspera de seu aniversário, e David e os dois filhos do casal iriam na manhã seguinte para passarem o dia juntos. O jornalista estava na casa apenas com o policial que presta segurança à família.

Quando ouviu os cães latirem incessantemente, Glenn saiu da casa e "em segundos, três homens usando máscaras pretas se jogaram sobre mim, apontando armas".

"Assim que entrei, vi que outros dois homens armados haviam detido o segurança, policial fora de serviço, e o colocaram de bruços no chão com armas apontadas para sua cabeça", relatou.

O jornalista afirma que num primeiro momento acreditou que fosse um ataque político, já que ele e o marido têm recebido mensagens ameaçadoras.

"Fiquei aliviado, na medida em que se pode estar em tal situação, quando começaram a exigir dinheiro", lembrou-se.

Glenn contou que como seus bens estavam em sua casa, no Rio de Janeiro, ali pouca coisa de valor se encontrava. Na fazenda, estavam apenas uma centenas de dólares, utensílios de cozinha, roupas.

"Eles não acreditavam nisso", contou. "O que os levou a uma quantidade considerável de raiva."

O grupo ficou cerca de uma hora na residência pressionando-o a dizer onde estavam escondidos os objetos de valor.

"Eles ameaçaram atirar na cabeça do policial, chutaram-no repetidamente com tanta força que lhe quebraram várias costelas. Mandaram-me abrir a boca e enfiaram uma arma enquanto exigiam saber onde estava o dinheiro."

Ele disse que a maior parte do tempo foi gasta com os homens saqueando a fazenda, incluindo o quarto dos filhos.

"Quando finalmente terminaram, exigiram as chaves do carro que tínhamos lá. Eles então ordenaram que nós dois fôssemos para uma casinha separada perto dos fundos da fazenda. Eles nos colocaram em uma sala, usaram cordas para amarrar nossos braços atrás das costas e amarraram nossas pernas, então trancaram a porta."

"Assim que ouvimos o carro sair, trabalhamos para nos libertar, o que levou cerca de quinze minutos, e então usamos o computador que eles idiotamente deixaram para ligar para meu marido e os outros policiais que trabalham conosco na fazenda. Por pura coincidência, a eletricidade na área foi desligada cerca de dez minutos depois que eles partiram, deixando-nos na escuridão enquanto esperávamos. Em trinta minutos, vários policiais chegaram."

Para Glenn, ficou claro que eles não eram criminosos profissionais. "Eles estavam mais nervosos, agitados, desesperados e desorganizados do que brutalmente eficientes."

Ele diz que, naquela noite, os homens roubaram três lojas usando o carro, registrado no nome de David.

A polícia encontrou o veículo no dia seguinte e descobriu a identidade dos assaltantes. O jornalista afirma que não mais que 2 mil dólares (cerca de R$ 11 mil) lhe foram roubados na soma total dos bens: quantia em dinheiro, micro-ondas, utensílos de cozinha e até grandes pacotes de feijão e arroz.

"O item mais valioso que levaram foi a arma do policial", afirmou.

Glenn afirma que refletiu se deveria revelar esta situação e fez o relato ao ver paralelo na violência que uma família da Califórnia, nos Estados Unidos, passou na semana passada.

O casal e a filha de sete anos tiveram a casa invadida por quatro homens armados. Eles foram amarrados, apanharam e tiveram bens e suas economias levadas. Uma página no site de vaquinhas on-line GoFundMe foi aberto para ajudar a família.

À esta família um dos bandidos teria dito: "Não vamos matar ou estuprar você, viemos aqui por dinheiro. Você sabe [com a] covid-19, não temos empregos. É o que está nos levando a fazer isso."


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