Gay é agredido e morto em frente ao marido na Avenida Paulista

Cabeleireiro de 30 anos voltava do Ibirapuera e foi ofendido por dois homens

Publicado em 22/12/2018
Cabeleireiro gay é esfaqueado e morto na Avenida Paulista
Plinio Henrique de Almeida Lima havia acabado de casar e planejava adotar criança

Um rapaz de 30 anos foi esfaqueado e morto em plena Avenida Paulista, região central da cidade, na noite de sexta-feira 21.

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Plínio Henrique de Almeida Lima, de 30 anos, era cabeleireiro e voltava do Parque Ibirapuera, na Zona Sul, junto ao marido e a um casal de amigos gays.

No cruzamento da Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antonio, Plínio e o marido foram alvo de ofensas homofóbicas de dois homens.

"Agora não sei dizer exatamente quais são, porque não voltei a falar com meu cunhado, mas ele me contou que os ofenderam porque estavam de mãos dadas", contou Felipe Almeida de Lima, 32 anos, irmão de Plínio, ao G1.

De acordo com a reportagem, consta no boletim de ocorrência, feito no 78º DP (Jardins), que um dos amigos do cabeleireiro se irritou e discutiu com os rapazes e agrediu um deles.

O rapaz que foi agredido, teria, segundo a polícia, pego uma faca e desferido um golpe no peito de Plínio. Os dois homens fugiram.

A vítima foi levada ao Hospital das Clínicas, onde não resistiu ao ferimento e faleceu.

"Estava feliz porque tinha se casado recentemente no cartório com o marido e planejavam adotar uma criança", lembrou o irmão.

O crime ocorreu apenas um dia depois da Avenida Paulista ter sido eleita pelos leitores do Guia Gay São Paulo como o melhor point LGBT pelo quarto ano consecutivo.

Plural e diversa, a avenida é muito frequentada por casais e amigos LGBT. No entanto, ela já foi palco de outras agressões contra a comunidade.

O caso mais célebre ocorreu em novembro de 2010 e ficou conhecido como o "caso da lâmpada". Um grupo de cinco homens, quatro menores de idade e um jovem de 19 anos, agrediram um rapaz gay que passava pela calçada ao lado de amigos com bastões de lâmpada fluorescente. 

Os quatro cumpriram medidas socioeducativas na Fundação Casa e hoje estão em liberdade. O único maior de idade, Jonathan Lauton Domingues, está foragido. Em outubro passado, cada um foi condenado a pagar R$ 25.700 aos cofres públicos.


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