Uma das grandes conquistas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos anos, a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) foi ou é utilizada por 5.488 pessoas em São Paulo. Esse número corresponde a 45% de quem já fez ou faz uso desse meio de proteção no País.
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Em resposta a pedido do Guia Gay São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista detalhou o perfil dos usuários do serviço.
A PrEP trata-se da ingestão diária de um comprimido com dois antirretrovirais que previnem contra a infecção pelo vírus HIV com nível de eficácia de 99%.
De todos os usuários em São Paulo, 85% se declaram homem cisgênero, 12% são mulheres cis, 2% mulheres trans e 1% travestis.
Em relação a raça/cor, 56% são brancos, 42% negros (pardos e pretos), 1% indígenas e 1% amarelos.
A respeito da orientação sexual, 73% dos usuários se declaram homossexuais, 17% heterossexuais e 10% bissexuais.
Os números dizem respeito ao período entre janeiro de 2018, início da oferta de Prep pelo município, e início de abril de 2020.
Segundo a pasta, o Ministério da Saúde estima que a capital paulista apresente descontinuação de aproximadamente 40% da PrEP.
"A descontinuação, em geral, é temporária e depende da situação de exposição presumida pelo usuário. Pode ser por curtos períodos e depois retomada. Desta forma, não há consolidação de dados fidedignos sobre isso no momento", disse a secretaria por meio da assessoria de imprensa.
A Rede Municipal Especializada em DSTs/Aids tem 26 serviços municipais especializados em ISTs/Aids, que incluem 9 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs).
O número de usuários desse método de prevenção na cidade, anota a pasta, é maior, já que os comprimidos também podem ser retirados em serviços do governo estadual, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e no Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids, e em serviço do governo federal.