O DJ e produtor brasileiro Melques Viber está confinado em Tel Aviv, Israel, e pediu ajuda para que possa deixar o país, que segue em guerra contra o Irã.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Melques lamentou que apenas autoridades têm conseguido deixar Israel, enquanto civis são deixados à própria sorte.
"Todos os dias quando eu ouço a sirene, eu me escondo aqui nesse bunker, enquanto assisto a políticos e comitivas serem retirados daqui com total apoio e segurança. Será que a minha vida vale menos?", questiona o artista.
"Por enquanto, eu não tenho nenhuma notícia, eu só tenho esperança de conseguir sair daqui. Eu conto com seu apoio compartilhando esse vídeo."
Em outra publicação, o DJ, que é bastante conhecido na cena gay nacional, divulgou reportagem do site SSC10 falando de grupo de prefeitos brasileiros, que estavam em um seminário de tecnologia em Tel Aviv e que conseguiram sair de Israel.
Por não ter mobilidade, Melques também publicou nota dizendo ser impossível comparecer a um evento do Europride em Lisboa, neste sábado.
O DJ mora em São Paulo e se divide, desde o fim de 2024, em endereço na Inglaterra. Ele está em Israel há cerca de uma semana em sua primeira visita ao país do Oriente Médio.
Em resposta a seguidores, o DJ contou que as pessoas seguem outras para descobrir onde há bunkers e que grande parte dos prédios possui um.
"Não existe um tempo pré-determinado em que você vai ficar no bunker", ele explica. "O que existe são aplicativos que avisam com antecedência. Ele dá alerta no celular que vai acontecer algo na região em que você está. E aí você se prepara, vai pra casa, vai pro bunker, e somente depois que a sirene toca, que é bem alta, e aí depois dessa sirene você tem 1 minuto e 30 [segundos] pra chegar até o bunker."
O aeroporto da cidade está fechado e a saída por via terrestre é considerada perigosa.
Melques diz que o comércio, como mercados, está funcionando normalmente e que somente água acaba rapidamente e que às vezes precisa comprar água saborizada por falta de água mineral comum.
Os ataques iranianos costumam ser à noite, portanto, ele tem ido dormir às cinco ou sete da manhã para ficar alerta à noite e poder correr para o bunker.