Artur Xexéo ganha placa em sua homenagem em Copacabana

Morto em junho, aos 69 anos, jornalista foi vítima de linfoma não-Hodgkin

Publicado em 25/09/2021
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Ideia do prefeito carioca, placa foi instalada no bairro em que Artur viveu por 40 anos 

O jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo ganhou homenagem no bairro onde morou por 40 anos, na zona sul do Rio do Janeiro.

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Morto em junho, aos 69 anos, vítima de linfoma não-Hodgkin, Xexéo foi imortalizado com uma placa na Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto, região de Copacabana.

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A placa foi ideia do prefeito Eduardo Paes (PSD), que discursou na cerimônia de inauguração, no sábado 25.

"É uma manhã especial. Na hora que a gente homenageia alguém que se foi tem a tristeza, mas aqui tem um simbolismo muito grande e tem a ver com esse momento que passamos no Brasil de tanta cultura sendo maltratada", disse Paes.

"O Brasil parece que perdeu o pode de receber críticas e está aqui uma pessoa que foi muito criticada por ele também. Esse lugar é muito especial e o Xexéo é uma personalidade muito especial, um homem das artes. É um prazer estar aqui para prestar essa homenagem. Cumprimento todos os amigos na figura do Zuenir Ventura, que está aqui."

Também esteve presente Paulo Severo, viúvo de Xexéo. Eles foram casados por 30 anos.

"Os tempos não permitiram que a gente fizesse um velório e missa com público, por conta da pandemia, e agora, ao ar livre, de maneira mais segura, os amigos conseguiram se reunir para prestar essa homenagem", declarou Severo, ao O Globo.

"Ele morou aqui 40 anos e eu, 30 anos. No início da pandemia fomos para nossa casa de Vargem Grande. A saudade é enorme, passamos uma vida toda juntos. Agora ficam as boas lembranças. Ele cuidava de mim e eu cuidava dele."

Carioca, Artur Xexéo largou engenharia para cursar jornalismo e fez seu primeiro estágio no Jornal do Brasil, em 1975. Trabalhou em revistas como Veja e Istoé, em São Paulo, e retornou ao Rio em 1985 para ser subeditor do Caderno B, suplemento cultural do Jornal do Brasil.

Depois se tornaria editor do mesmo suplemento e estreou como colunista. Foi para o jornal O Globo em 2000 e editou o Rio Show e o Segundo Caderno. Na década seguinte, passou a ser comentarista da rádio CBN e do Estúdio I, da GloboNews. Ele também era comentarista do Oscar, na TV Globo, desde 2015.

Xexéo escreveu biografias, como a de Hebe Camargo, em 2017, e espetáculos musicais, tal como Nós Sempre Teremos Paris (2018).

 

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