Justiça indicia suspeito de matar gay a marteladas no Paraná

Corpo da vítima foi colocado em mala e enterrado em Piraquara

Publicado em 02/09/2023
Ronieverson Pedrozo Lopez: gay é morto a marteladas em Curitiba
Ronieverson era promotor de saúde e tinha 36 anos

O Ministério Público do Paraná denunciou um homem por homicídio triplamente qualificado motivado por homofobia. A vítima foi o servidor Ronieverson Pedrozo Lopes.

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Segundo o UOL, na denúncia, o MP-PR diz que o crime foi praticado por Lucas Mateus da Cunha, de 21 anos, por motivo torpe consistente na homofobia.

"Eis que o denunciado praticou o homicídio imbuído pelo sentimento de aversão odiosa à orientação sexual e identidade de gênero de [...], homem gay que lhe despertava desejos sexuais."

Ronieverson, de 36 anos, foi morto a marteladas em 17 de agosto. Os dois se conheceram por um aplicativo de relacionamento. A vítima foi à casa do suspeito. Após o crime, Lucas colocou o corpo de Ronieverson dentro de uma mala e o enterrou em Piraquara, a 28 km de Curitiba.

De acordo com a promotoria, o suspeito é casado com mulher e escondia da esposa que mantinha encontros sexuais com homens.

Segundo a irmã da vítima, na tarde de 17 de agosto, Ronieverson saiu muito agitado após ligações e mensagens de Whatsapp. Ele estava próximo a seu trabalho, em Curitiba.

À polícia, Lucas admitiu que recebeu o servidor em sua casa (quando a esposa não estava) e diz que os dois discutiram.

"Após ter desferido os golpes, o indivíduo colocou o corpo da vítima em uma mala e transportou até um local próximo da residência, onde abandonou o carro com o corpo. No dia seguinte, voltou ao local e conduziu o veículo até uma região de mata, deixando a mala", disse a delegada Iara Dechiche.

A investigação concluiu que o veículo de Ronieverson foi vendido por meio de um aplicativo de mensagens após sua morte.

Lucas foi autuado por homicídio de motivo torpe (homofobia), meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Ronieverson era servidor do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná) de Curitiba, órgão da Secretaria de Estado de Saúde. Ele atuava como promotor de saúde, segundo consulta da reportagem ao Portal da Transparência do Estado.

 

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