Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por lavagem de dinheiro, Francisco de Carvalho Neto seria o "sugar baby" do ex-auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto.
Preso por corrupção na operação "Máfia do ICMS", Artur seria o líder de esquema que teria arrecadado R$ 1 bilhão em propinas para fraudar créditos de ICMS em favor de empresas. Ele teria cometido crime de corrupção passiva 53 vezes e de lavagem de dinheiro, 83. Só em uma das denúncias, Artur teria recebido R$ 383 milhões em propina.
Segundo o Metrópoles, as investigações mostram que Francisco recebeu R$ 5,1 milhões de Artur e comprou o apartamento onde o ex-auditor vivia na Avenida Santo Amaro, região nobre na zona sul de São Paulo.
Mensagens trocadas entre eles mostrariam que Francisco era "sugar baby" do fiscal da Receita paulista.
O termo também teria sido usado pelo próprio Francisco às autoridades durante a "Operação Ícaro", realizada em agosto. Ele cobraria R$ 100 mil mensais de Artur por seus trabalhos.
O esquema de corrupção teria beneficiado empresas famosas, tais como a Fast Shop e a Ultrafarma.
Artur usava uma empresa que teria aberto em nome de sua mãe de 74 anos chamada Smart Tax. Essa empresa chegou a emitir R$ 1 bilhão em notas fiscais.