A médica Samira Khouri, de 27 anos, falou sobre agressão que sofreu em 20 de julho pelo namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia, 24.
Ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo 24, Samira explicou que o ex-casal, que morava em Santos, foram a São Paulo para comemorar o aniversário dela.
Eles alugaram um apartamento em Moema, zona sul da cidade, e foram se divertir.
"Chegando lá a gente viu que era uma balada gay. A gente entrou lá, fizemos uma amizade. Então ficamos eu e mais três meninos, era um casal e um amigo deles também era gay", contou a médica
Pedro ficou com ciúmes do rapaz que não estava acompanhado.
Ainda que o homem tenha dito três vezes que era gay, Pedro começou a fazer uma cena, o suficiente para o segurança do local expulsá-lo.
A médica voltou sozinha para o apartamento.às 3h46 da madrugada. Meia hora depois, o fisiculturista chegou.
"Me deu um soco, eu caí no chão e não lembro de mais nada", relatou Samira.
A médica foi agredida no rosto por seis minutos. Quando acordou do desmaio, ela seguia sendo espancada e fingiu que estava inconsciente.
"Se ele fez tudo isso comigo achando que eu tava desmaiada, o que ele vai fazer se ver que eu estou acordada? Ele me deu mais uns 12 socos enquanto eu acordei. Quando ele me socava no rosto, sentia uma dor que eu não consigo nem falar pra você. É uma dor como se alguém estivesse me tirando a vida."
Ele deixou o apartamento e fugiu com o carro dela. Um vizinho ouviu barulho e chamou a polícia. Samira foi levada ao hospital e passou 13 dias internada.
A médica teve rachadura no crânio e múltiplas fraturas na face. Ela perdeu 50% da visão do olho esquerdo e foi submetida a várias cirurgias de reconstrução.
"Ele quebrou todas as estruturas que seguram o meu globo ocular […] Tive que colocar também placas de titânio onde houve fraturas na minha face. Esse lado esquerdo está com várias placas para estabilizar as fraturas.”
Pedro foi preso em flagrante. Ele alegou estar fazendo uso de remédios controlados e anabolizantes, além de diagnósticos de bulimia e depressão, durante audiência de custódia.
No último dia 13, a Justiça de São Paulo negou pedido de habeas corpus e ele segue detido preventivamente no Centro de Detenção de São Vicente, no litoral paulista.
No início do mês, o Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contre ele por tentativa de feminicídio, com emprego de meio cruel e motivo fútil.