A cantora gospel e pastora evangélica Ana Paula Valadão foi condenada a pagar indenização de R$ 25 mil por danos morais coletivos por associar aids a gays.
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"Foi revivida para toda uma parcela da população a injusta e superada pecha da culpa pelo surgimento e propagação de uma doença terrível, situação que macula interesses coletivos fundamentais", afirmou, em sua decisão, o juiz de direito Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
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Em sua defesa, Ana Paula argumentou que exerceu o direito "legítimo da liberdade de expressão e religiosa".
O magistrado, entretanto, não foi convencido e ressaltou em sua sentença que a manifestação e divulgação da opinião errada atribui à população LGBT uma responsabilidade inexistente, o que atinge a dignidade destas pessoas, justamente o que caracteriza a lesão apontada pela autora.
A decisão cabe recurso.
Em 2020, viralizou uma fala da cantora feita durante o congresso Diante do Trono, transmitido pela Rede Super de Televisão, quatro anos antes.
Ana Paula disse: "Muita gente acha que isso é normal. Isso não é normal. Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequência."
Ela continuou: "A Bíblia chama de qualquer escolha contrária ao que Deus determinou como ideal, como ele nos criou para ser, chama de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Inclusive, tudo que é distorcido traz consequência naturalmente; nem é Deus trazendo uma praga ou um juízo, não."
"Taí a aids para mostrar que união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamna as mulheres, enfim... Não é o ideal de Deus."
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