Suspense dá o tom de 'Os Estranhos que Nos Habitam', em cartaz em SP

No espetáculo, escritor solitário divide atenção entre escrever novo livro e paixão platônica pelo vizinho

Publicado em 17/08/2015
'Os Estranhos que Nos Habitam', com Bruno Narchi e Diego Antunes, em cartaz no Top Teatro
Bruno Narchi e Diego Antunes no espetáculo em cartaz no Top Teatro

Com uma roupagem de suspense e um mergulho no universo dos psicopatas, está em cartaz até 26 de agosto, no Top Teatro, o espetáculo Os Estranhos que Nos Habitam.

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Com texto de Wagner D'Avilla, a peça conta a história de Santiago (Bruno Narchi), famoso escritor de romances que tem dificuldades em socializar, vive em posição de desconfiança e tem tendência para antipatizar com outras pessoas.

Santiago sofre de síndrome do pânico e não sai de seu apartamento há dois anos. Sua única companhia é a imagem de um Homem Branco (Diego Antunes) que ora se confunde como um dos personagens de seu livro, ora como alguém que ele se envolveu no passado.

Entre crises do pânico e alucinações, o escritor divide sua atenção para tentar finalizar seu novo livro e na paixão platônica que mantém pelo vizinho do apartamento da frente. Seu cotidiano passa a se tornar menos solitário quando passa a receber visitas da nova vizinha, a tímida e prestativa, Cecília (Carina Gregório) que insiste em manter um vinculo de amizade com Santiago. 

Para escrever o espetáculo, D’Avilla inspirou-se no "Estudo Comportamental da Obediência" do psicólogo Stanley Milgram que avaliou e revelou o comportamento que demonstra como cidadãos comuns, pessoas aparentemente equilibradas, podiam cruzar os tênues limites da maldade.

Bruno Narchi e Diego Antunes em 'Os Estranhos que Nos Habitam' no Top Teatro, em São Paulo
Texto foi baseado em estudo do psicólogo Stanley Milgram

Na obra, o autor manipula as informações dadas ao público de forma que tudo se encaixe aos poucos, sem jamais perder a sensação de estranhamento diante do exibido, como um grande jogo de xadrez formado por diálogos e ações estrategicamente pensadas. Os personagens são inseridos em um jogo psicólogo dentro de um espaço claustrofóbico e com encenação intimista. Indiretamente o público é convidado a entrar em um a história sobre solidão e carência.

A cenografia realista auxilia na apresentação das cenas como um trilher de cinema. O público acompanha detalhes das experiências físicas e mentais exploradas pelos protagonistas. A iluminação propõe um jogo sombrio e revelar minimamente o que é necessário para construção do suspense. A trilha sonora é executada em parte pelo ator Diego Antunes que toca clássicos de Nina Simone, Nancy Sinatra e Doris Day.

A produção, dirigida por Antônio Ranieri, estreou no último dia 5, e está em cartaz todas as quarta-feiras, até dia 26. Mais informações - como horários e valores - você tem em nossa Agenda.


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