Espetáculo do Coletivo Inominável fala sobre resistência, homofobia e celebra a luta dos movimentos LGBT.
Brincando no título com a expressão "inhaí", popularizada por Silvetty Montilla, a peça remonta à época dos indígenas, desde a violência imposta a eles por jesuítas aos que desviavam da heteronormatividade europeia, até os dias atuais.
De forma não-linear com esquetes e monólogos, o espetáculo explora o conceito de "apresentar" em vez de "representar" ao colocar os atores em estado cênico que não é o de criação de personagens naturalistas ou farsescos, mas, sim, o do estabelecimento de uma presença performativa.
Em sua pesquisa para a produção, o grupo encontrou material de entidades e grupos históricos de luta pelos direitos LGBT no Brasil, como o Somos e o Grupo Gay da Bahia (GGB), além de documentários como São Paulo em Hi-Fi, de Lufe Steffen; Abrindo o Armário, de Dário Menezes e Luís Abramo; e Lampião da Esquina, de Lívia Perez.
Texto: Fernando Pivotto e Cezar Zabell. Direção: Cezar Zabell. Com Alexia Twister, Cayke Scalioni e Fernando Pivotto.
Assistência de direção: Fernando Pivotto. Figurinos: Cezar Zabell. Design de luz: Larissa Kaluzinski. Design de projeção: Cayke Scalioni. Desenhos originais: Bruna Sizilio. Operação de luz e projeção: Murilo Góes. Operação de som: Samantha Sarahyba. Preparação corporal: Rico Malta. Fotografia: Giovanni Fernandes. Assessoria de imprensa: Nossa Senhora da Pauta. 80 minutos. Classificação: 18 anos.
