Eleita senadora por São Paulo em outubro, Mara Gabrilli (PSDB) falou sobre o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ).
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Se na Câmara dos Deputados, os dois discordaram inúmeras vezes e estavam em lados opostos politicamente falando, isso não diminui o respeito que a recém-eleita senadora tem pelo colega.
À revista Época, Mara contou que ficou arrasada ao ser interpelada por um senhor quando fazia compras na Casa Santa Luzia, um dos supermercados mais chiques de São Paulo, na região dos Jardins, na última semana da campanha.
O homem se aproximou apontando para uma foto dela ao lado de Wyllys e cobrou: "Me explica isso".
"Essas pessoas que pegam foto e me cobram por ela, não têm noção do que Jean Wyllys pensa. É só porque ele é gay", diz.
Em seu gabinete como deputada, Mara, que é tetraplégica, tem funcionário autista, cego, com síndrome de Down, surdo, e também gays, mulheres, negros.
"Tem tudo o que você pode imaginar, é uma salada. E é por ser assim que eu consigo enxergar com responsabilidade vários segmentos", explicou.
Gabrilli foi sondada para ser vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), mas declinou. Depois disso, eles se encontraram. "Você sabe que eu não sou bom nesse negócio de direitos humanos, né?", disse Bolsonaro a ela. "Vai ter que ficar", respondeu Mara.
Mara Gabrilli foi eleita por 6,5 milhões de paulistas. Ela teve mais votos que os candidatos de seu partido a governador, João Doria (6,4 milhões), e à Presidência da República, Geraldo Alckmin (5 milhões) no Estado.
Ela já foi secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida em São Paulo, vereadora pela capital paulista e deputada federal por dois mandatos (2011-2018).
