Famosa por alterar a consciência proporcionando uma experiência de estar 'fora do corpo' e muito usada em baladas ou durante o ato sexual, a quetamina - mais conhecida como Special K, ou apenas K - está dividindo a opinião médica sobre um uso bem diferente do recreativo: o tratamento contra depressão.
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A droga tem sido a base da fórmula de alguns medicamentos ainda na fase de testes e já está sendo usada em diversas clínicas norte-americanas.
Esclareça-se: ela não é proibida. A quetamina é um potente anestésico - aplicado principalmente em cavalos - liberado há décadas. O que muitos médicos discutem é se sua eficácia contra depressão pode ser considerada comprovada e se os pacientes estarão livres dos efeitos colaterais.
Na semana passada, uma empresa chamada Naurex apresentou um estudo, em uma conferência médica na cidade norte-americana de Phoenix, envolvendo 400 pacientes que tomaram o GLYX-13, que usa a quetamina como princípio ativo. Cerca de metade dos pacientes tiveram melhora da depressão e não apresentaram efeitos secundários psicóticos, segundo a pesquisa.
O medicamento entrará em sua terceira fase de testes e a empresa responsável espera que ele seja liberado pela agência que controla alimentos e drogas nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em 2019.
O jornal The New York Times destaca, no entanto, que muitas clínicas que estão atraindo pacientes depressivos para o tratamento com quetamina são comandadas por anestesiologistas. Estes, já conhecem a droga por aplicá-las em procedimentos, mas não são as pessoas indicadas a lidar com distúrbios mentais, que devem ser tratados pro psiquiatras.
Os defensores da droga para este uso alegam que ela é administrada em uma quantidade bem menor do que a usada em anestesias ou com propósistos recreativos.
